Torcer, gritar, brincar, tripudiar, chorar, odiar, ficar com raiva, sentir-se triste, alegre, feliz. Tudo isso se aplica quando você torce por um time. Quando era criança confesso que todo final de semana sentia algo parecido com isso. Porém minhas memórias são pequenas relacionadas aos primeiros anos como torcedor. Não sei exatamente quando comecei a ser um apaixonado por esporte, na verdade aos poucos fui aprendendo e gostando dos outros que não fossem o futebol.
Lembro-me que a última vez que o Flamengo foi campeão brasileiro só me recordo da notícia da arquibancada ter caído e de ter saído com o meu pai gritando “É Campeão!”, o resto só fazendo transgressão. Mas na minha memória existe um episodio que marca minha saga pela torcida. A Copa de 94! Todos os julhos passava as férias na casa do meu pai, pois meus pais são divorciados. Então naquela época sempre, a parte decisiva do torneio, via os jogos ou na casa do meu avô ou no cinema do Palácio do Catete.
A final foi emocionante, contudo o que sem duvida ficou marcado em todos os brasileiros foi o tão famoso penalty e o “É Tetra. É Tetraaaaaaaa!”, que veio logo em seguida.
De 94 até hoje muitas coisas aconteceram. O Brasil foi novamente campeão mundial, é verdade que perdeu uma final incrível, e que foi bisonhamente eliminado na última. O Flamengo ganhou muitos títulos, estaduais é verdade, mas ganhou e hoje, como merecido é o time com mais títulos do Rio de Janeiro. È bem verdade também que perdeu a soberania como maior vencedor brasileiro, mas isso já não importa mais.
Não sei o que aconteceu de 94 até hoje, mas o gosto por torcer mudou completamente. Ainda sou apaixonado por esporte, pelo Flamengo e por qualquer coisa relacionada a isso, mas as derrotas, as vitórias, tudo perdeu a graça. Ou será que quando se cresce as coisas mudam e outras coisas se tornam mais importante do que uma partida de futebol, vôlei, basquete, tênis, etc...?
A verdade é que não tenho a resposta, apenas sei que amo o vermelho e preto.