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sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Que Viva a Foca


“Sei que o que eu vou falar pode me comprometer, inclusive com o STJD. Posso ser até punido. Mas se eu estivesse no lugar do Coelho eu "arregaçaria" o Kerlon. Aquilo desrespeita os jogadores que estão do outro lado que também são profissionais”. Essa declaração foi do “maravilhoso” zagueiro do Fluminense Luiz Alberto, um jogador de “talento nato, e de muita categoria”.
Ao ler essa declaração não sei nem que sentimento me vem ao peito, se é de raiva, ou de vergonha. Que sujeito, com suas funções mentais plenas, tem a capacidade de falar tamanha imbecilidade? E o pior de tudo, não parou por ai. “Eu teria que tirar a bola de alguma forma. Ele não passaria por mim. Nem que eu tivesse que dar golpes de capoeira e pegar bola, cabeça e tudo “.
O engraçado é que segundo o site, globoesporte.com, antes dessa maravilhosa declaração, o jogador disse ser contra violência, e apoiou o rigor do STJD aos agressores.
“Não me preocupo com a utilização das imagens dos jogos, até porque não costumo fazer jogadas violentas. Tem que ser rigoroso mesmo, o torcedor que vai ao estádio com a família não quer violência. Temos que ter consciência de que somos espelho para muita gente”.
Bom, se ”pegar bola, cabeça e tudo” não é violência, eu não mais o que é então. É um absurdo que as pessoas achem que o lance em direção ao gol é ‘firula’. Passar a bola por debaixo das pernas então não pode, pedalar que nem o Robinho pra cima do gol, não pode, é tudo feito, os outros jogadores vão ficar ofendidinhos. O negócio é dar bicão e arrancar as cabeças.
É revoltante que os “cabeças-de-bagre” tenham essas atitudes, essas que ameaçam a beleza do espetáculo e que por muitas vezes quebram as pernas dos outros jogadores e só recebem um cartão amarelo. Quantos casos nesse ano já tiveram de jogadores com fraturas? O futebol está perdendo sua magia para os brucutus que não tem qualidade e ficam no futebol brasileiro. Kerlon está mais do que certo em tentar um lance diferente. Queria ver se fosse o Kaká, Robinho ou o Ronaldinho Gaúcho fazendo isso. Sem querer comparar a qualidade deles, mas todos têm o direito de fazer algo diferente para tentar o gol. Garrincha era o rei do drible, Pelé o gênio da bola, imagina se tivesse um zagueiro “retardado” e o quebrasse no meio.
Espero que o que sobreviva seja o futebol arte, não o futebol de resultados e de apenas bicos pra frente.

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