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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Justiça a todo limite

Capitão nascimento, discussões em sala de aula, tortura de candidatos a soldados, crueldade do BOPE, e estudantes fumando e vendendo maconha. Isso tudo faz parte do filme “Tropa de Elite”. Um filme normalmente é algo imaginário, mas tem sempre os ‘baseados em fatos reais’. E cada vez mais, fica comprovado que é a pura verdade.

Hoje, segundo um estudo "O estado da juventude: drogas, prisões e acidentes", divulgado na última terça-feira, dia 23 de outubro, da Fundação Getúlio Vargas, quem declara que consome droga no Brasil é um jovem homem solteiro da classe A. De acordo com o levantamento, 86% dos consumidores de droga têm entre 10 e 29 anos contra 39% do conjunto da população. Além disso, 99% são do sexo masculino contra 49,82% da população em geral. E 62% (5,8% no geral) são da classe A. Em média, eles gastam com drogas por mês R$45.

A percepção de impunidade faz com que os usuários mais ricos tenham menos medo de se expor que os mais pobres e que moram em áreas de risco. Hoje alguns jovens se consideram ‘super-homens’ e desafiam tudo e a todos, como a lei do homem e a lei da física, o que leva há muitos acidentes. A pesquisa reforça a importância de se ter os homens jovens como os principais alvos de campanhas educativas de trânsito. Com base em informações do Datasus, do Ministério da Saúde, o estudo mostra que hoje morrem quatro vezes mais homens que mulheres em acidentes de trânsito. As estimativas apontam que o aumento de 1% da proporção de homens entre 15 e 29 anos é responsável por aproximadamente mais 0,30 mortes de trânsito por 100 mil habitantes.

E não é só a aventura de ser jovem que é notícia ultimamente. As declarações, verdadeiras e honestas, do secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e a ação da policia na favela da Coréa, mostram ao mesmo tempo a hipocrisia da sociedade e a rela situação em que a cidade está.

“Um tiro em Copacabana é uma coisa. Um tiro na Coréia é outra”. E isso é a mais pura verdade em vários sentidos, tanto na colocação que ele tentou fazer da existência de prédios residências no entorno das favelas da zona sul, como no impacto que um tiroteio tem na zona sul. As madames e os empresários não gastam uma fortuna para ver tiro em sua esquina, tiro entrando por sua janela e tão pouco acha que isso esteja perto. Idéia estúpida, porém verdadeira. A sociedade nesse momento deseja mais que nunca justiça contra os traficantes.

E isso ficou provado ainda envolvendo a favela da Coréa, em Senador Câmara. As imagens de policias atirando de um helicóptero em bandidos que tentavam fugir do cerco policia foi aceita pela maior parte da sociedade como uma medida certa e benéfica, que era necessário o uso de armas de fogo para a captura. Quer dizer, quem liga para a captura, como ficou conhecido no país, “Bandido bom, é bandido morto”.

Vivemos hoje em um país que tudo nos revolta, e por isso temos a vontade de ser radicais e resolver tudo da maneira mais rápida possível. Tropa de Elite pode ser um filme que está na moda e aflora o lado mais negro, e “justiceiro” que existe em cada um de nós. Hoje todo brincam com falas e cenas do filme de José Padilha, ou vai dizer que você não concorda Sr. 06.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sou favorável ao conceito: Bandido Bom é Bandido Morto...
Sou contra os playboys e os pobres que usam maconha ou qualquer tipo de droga...
Quero poder andar na rua, sem me preocupar com bala perdida, nem assalto a mão armada...
Enfim, pelo jeito, eu quero o impossível...