Faça um blogueiro feliz, comente!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Fica só na vontade


Sempre tive um certo carinho por ter nascido no ano de 1985. Alguns podem se perguntar o por quê, outros lembrarem de bate pronto. Para não deixar dúvida eu explico melhor. Foi neste ano em que tivemos a primeira eleição de um presidente civil no Brasil. Ou seja, o final da ditadura começou aqui, em 1985. E para aumentar meu ego dou-me o direito de falar que meu nascimento ajudou a chegar à liberdade.
Sei que isso não é inteiramente verdade, e peço que me deixem acreditar. Afinal não nasci no período “negro” de nossa nação. E me questiono se isso foi algo bom ou ruim. Questiono-me pelo seguinte: Será que se tivesse vivido nesse tempo apoiaria o lado, que hoje, penso que é o correto? Não consigo achar uma resposta para essa pergunta. Afinal o se, quer dizer tudo e nada ao mesmo tempo.
Depois da batalha que os “heróis”, que hoje tenho, fica fácil falar que gostaria de me juntar a eles contra a ditadura. Não posso condenar ninguém por não ter ido contra a ditadura, cada um teve motivos para seguir a sua linha de pensamento, ou até tentar não expor o que pensa. Medo faz parte de qualquer coisa, em qualquer tempo.
Com a cabeça que tenho hoje, depois de mais de 20 anos entre estudos e a vivencia, creio que lutaria, sem dúvida nenhuma, pela liberdade de expressão, que hoje quero tanto fazer parte. Ser jornalista hoje, na minha modéstia opinião é tratar a informação com a mais profunda veracidade possível, coisa que infelizmente naquele período não era possível, não por culpa dos profissionais.
A ditadura foi um aprendizado para a sociedade brasileira, e mundial. Porém nos dias de hoje vejo todos acomodados, a memória apagou certos marcos, um deles que completa 40 anos e que com certeza é um dos mais importantes. O ano de 1968 ficou marcado como o ano que não terminou e nunca irá terminar. Pois marcou de maneiras inúmeras que a maior parte da sociedade mundial ia contra qualquer tipo de ditadura, visto “Maio de 1968”, “Primavera de Praga”, “Marcha dos Cem Mil”, entre outros fatos.
Não sou um estudante ativo, que participa de questões políticas da faculdade e do país. Acredito que são poucos os que fazem. Vejo as pessoas só se mexerem, quando são incomodadas. E me sinto triste e envergonhado por isso. Algumas coisas não se aprendem.

Nenhum comentário: