Quando nasci o médico achou que eu fosse uma garota, falou que eu era muito pequeno e que nunca viu tanto cabelo. Cresci é claro, mas não muito, hoje tenho 1,70 e fiquei totalmente frustrado por minha altura atrapalhar os meus sonhos.
Amo esporte, e claro que futebol está entre eles. Afinal quem não gosta de futebol ou é viado ou é viado. Até as mulheres gostam. Mas meu sonho não era ser jogador de futebol, até porque sabia que ia ser muito difícil, nunca vi em um país ter tanta gente que faz um esporte só. Então resolvi jogar vôlei. Lembro que nas Olimpiadas de Barcelo assisti a primeira medalha de ouro de uma equipe brasileira. E isso foi fundamental para me decidir: queria ser jogador de vôlei.
Claro que minha altura atrapalhava, mas não ia deixar nada ficar a minha frente. Quando fui para as peneiras era sempre o último a entrar na equipe, e pior era o menor de todos. Fui obrigado a desistir pois todos me diziam que era muito pequeno para jogar vôlei.
Então, empurrado por meu pai, fui jogar futebol. E não é que eu sou bom nisso. Consegui ser chamado para um time profissional e começar a ganhar um bom dinheiro. Melhor do que seria se tivesse ficado jogando vôlei.
Ainda não estou em um time de Serie A, jogo no Paraná, mas faço algumas partidas. Às vezes fico no bando, mas ontem o titular estava machucado, ai tive que entrar. Foi o primeiro como profissional de um time, achei que estava indo bem, mas faltava o gol.
Não sei o que aconteceu quando eu vi a bola na minha frente, tive um impulso enorme de cortar como sempre quis. Não sei se você já cortou alguma vez uma bola em sua frente, é INCRÍVEL.
Quando vi a bola estava dentro do gol e todo mundo correndo, então corri também. Poxa foi sem querer. Depois vieram me perguntar o que aconteceu. Ué nada, foi Gol. Quem manda é o juiz. Ainda bem que ele é cego
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