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sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Ih, to na Piauí

Depois de tanto puxar o saco da Piauí resolvi participar do "Concurso Literário".
E eles colocaram no site, que já é algo, agora o objetivo é sair na revista.
O meu conto é esse:




Caso queiram ver os outros no site é só clicar aqui

Uma Noite Inesquecível

Acordei meio atordoado, sonolento, não lembrava muito bem o que tinha se passado nas últimas horas da noite anterior. Virei para o lado e não vi nada, apenas uma janela, virei para o outro e avistei uma garota lindíssima, sentada na poltrona, nua, segurando um cigarro e falando no seu celular, extremamente empolgada e dando gargalhadas altíssimas sem parar.

Naquele exato momento era praticamente impossível compreender qualquer parte daquela conversa, afinal ela falava rápido demais e com intervalos de risos intermináveis, e eu estava parecendo mais com um bêbado no dia seguinte, porém consegui ouvi-la dizer algo parecido com: “Foi maravilhoso, pudemos passar a noite toda juntos, dormimos abraçadinhos e os pêlos do tornozelo dele grudaram na colcha de chenile, parecíamos um só, ficamos entrelaçados a noite inteira, até agora pouco.”

Não estava fazendo idéia do que ela tinha acabado de falar, mas pelo menos estava gostando, afinal, pelo que tudo indicava, eu fui muito bom e ela tinha gostado muito, o problema era que infelizmente não conseguia lembrar de nada.

Fiquei deitado imóvel por algum tempo, Depois de alguns minutos, algumas coisas começaram a fazer sentido, eu estava em casa, e aquela garota ao telefone era minha namorada, só não fazia idéia do motivo de não conseguir lembrar de nada, e pior, não conseguia lembrar de nenhum detalhe da noite maravilhosa, que minha namorada contava a alguma amiga pelo celular.

Comecei a me mexer na cama, e ela percebeu que eu estava acordando. Ela sussurrou algo como: “Amiga, tenho que desligar, o efeito do remédio do Marcos passou, depois te conto mais de ontem, e de como o Ricardo é realmente um homem com H maiúsculo, beijos.”

Pulei da cama e lhe taquei a mão na cara até sangrar. Mentira não tinha coragem. Conversamos, pedi sexo de reconciliação, transamos loucamente, gozei pelo menos umas três vezes. Terminado o prazer, peguei as roupas dela e joguei pela avenida, a empurrei pra fora do apartamento e tranquei a porta. Só a ouvi batendo na porta e uns malucos tirando sarro com ela perguntando sobre quanto cobrava. Nunca mais a vi, também nunca mais virei corno.



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