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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Melhor sorte no próximo ano

Dezembro é sempre um mês de muita festa, afinal de contas o Natal e o Ano novo são juntos o período que as pessoas se amam e desejam ao próximo sempre o melhor possível. Mas também nessas datas muita coisa acontece. As chuvas de verão são uma tristeza tamanha, ainda mais numa cidade costeira como o Rio de Janeiro. Porém, o pior são os malandros. Cidade cheia de gringo, a maioria sem maldade na cabeça e cheios da grana. Um prato cheio para qualquer golpe, mas não são somente os gringos que sofrem.
Estava voltando da praia feliz da vida depois da virada do ano, tinha bebido um pouco, juro que foi só um pouco. Um pouco de cerveja, um pouco de vodka, um pouco de vinho, um pouco de champanhe, e de água, aquela que o passarinho não bebe. Contudo, estava bem, andava em linha reta, entendia tudo que as pessoas falavam, em português e inglês e o principal, sabia voltar para casa.
Quando cheguei no ponto de ônibus vi um senhor de idade avançada sentado no chão, chorando baixinho e com um cartaz pendurado no pescoço: “Estou perdido e não consigo voltar para casa, por favor me ajude!!!” Fiquei tão sentido com aquela cena que resolvi tentar ajudar o pobre idoso. Primeiro tentei acordar o sujeito, só depois de muito tempo ele acordou e mesmo assim meio zonzo. Depois de acordado tentei conversar com ele, mas para o meu azar ele era mudo e eu ainda não aprendi isso. Então procurei nos meus bolsos algum dinheiro e nada, tinha gasto tudo, só tinha a carteira com o cheque e o cartão do banco. Mas já passava das 4 da manha e não tinha nenhum caixa 24 horas ali perto. Resolvi ser gentil e pratico ao mesmo tempo. Dei um cheque para ele de 50 reais, claro que cruzei o cheque, e deixei, já que o meu ônibus estava chegando.
Acordei no dia seguinte muito feliz e contente comigo mesmo, afinal tinha aproveitado bem a virada do ano e ainda tinha ajudado uma pessoa que precisava. Mas ai comecei a pensar nas coisas devagar. Eu tinha dado a ele um cheque de 50 reais, que no máximo dava para ir a pé a rodoviária e comprar uma passagem para dentro do Rio de Janeiro. E pior no cheque tinha meu RG e CPF, como eu deixei isso acontecer??? Resolvi relaxar a aproveitar as férias. Viajei no Carnaval para Salvador peguei várias mulheres, bebi muito e já estava ficando triste por ter que voltar.
Quando cheguei em casa estranhei, não consegui entrar. Toquei a campainha e nada de ninguém abrir, estranhei mais ainda. Meu celular estava descarregado e não consegui ligar para ver se havia alguém dentro da casa. Então tive que voltar para a rua e usar o telefone público. Quando consegui ligar ouvi aquela mensagem da operadora que dizia que o telefone não era mais aquele e que ele havia mudado. Comecei a ficar mais preocupado ainda. Sem saber o que fazer resolvi esperar alguém aparecer na porta.
Não sei quanto tempo fiquei ali, só que de manhã fui acordado por policias que me batiam sem parar, nem me perguntaram nada, só me deram porrada. Quando finalmente conseguiu abrir a boca já estava dentro do camburão indo para a delegacia. Na DP mostrei meus documentos para provar que não era vagabundo, mas para minha total surpresa os policiais riram e começaram a me sacanear. Segundo eles eu tinha roubado aquilo de um cara super gente boa e queria me safar da cadeia. Eu gritei que não, eu era quem dizia ser. Então eles pegaram as páginas amarelas e procuraram o nome da pessoa que estava nos meus documentos. Percebi que alguém havia atendido e que os policias pediram para que a pessoa comparecesse a delegacia. Fiquei aliviado afinal de contas quem quer que fosse, poderia me salvar.
Quando entrou pela porta da delegacia me deu a sensação de já ter visto essa pessoa, porém não era ninguém da minha família ou ninguém próximo a mim, estranhei mais ainda. A pessoa se apresentou como se fosse eu, vestia minhas roupas e pior, tinha o documento com o meu nome. Os policiais não tiveram dúvidas, agradeceram e me mandaram para a cela. De noite percebi, era o velho que tentei ajudar, aquele safado roubou as minhas coisas, roubou a minha vida. Hoje eu sou flanelinha no sinal da Av. Vieira Souto, e tento até hoje rever minhas coisas, que com a ajuda da justiça ainda está parada. Isso tem 10 anos, daqui a pouco o “eu” vai morrer e eu vou continuar na merda. Moro no Pavãozinho e tenho 5 filhos e 2 mulheres para sustentar, é foda. Não ajudo mais ninguém.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Na Flor da Idade

Hoje completo 88 anos, uma idade para lá de avançada, afinal das contas hoje em dia ter mais de 80 já é um motivo de orgulho para muitos, e para mim não é diferente. Vai ter até festa semana que vem, com os companheiros de xadrez e do banco da praça. Ficamos às vezes tardes inteiras no banco falando de bobeiras, e rindo desses jovens que ficam se agarrando em público. Total perda de tempo. Minha única tristeza foi ter perdido a minha forma, odeio depender das outras pessoas, e nessa idade em que hoje estou, infelizmente conto com os outros para fazer um pouco de tudo.
Por isso contratei Genalva, uma linda mulata de olhos castanhos claros, cabelos encaracolados, e uma linda bunda, que afinal de contas estou velho, mas ainda, Graças a Deus, não cego. Genalva faz tudo que eu peço, quer dizer, quase tudo. Ela faz uma comida fantástica, talvez por ser nordestina sabe como ninguém colocar os temperos certos e maravilhosos na comida. Eu ainda posso comer muitas coisas, só não consigo mais comer é pimenta e chocolate, me da um problema intestinal horrível. Ser velho tem esses problemas, tudo começa a ficar podre. Todo remédio para o coração, para o colesterol, que por sinal minha médica falou que está melhorando, graças aos cuidados de Genalva, remédio para os ossos, remédio para a pressão, que por culpa de Genalva sobe cada vez que ela deixa cair alguma coisa no chão ou chega perto para arrumar meu travesseiro, e remédio para a memória.
Vocês podem pensar que pareço um velho tarado só por falar assim de Genalva, mas vocês não sabem como é ficar velho e sozinho. Minha mulher morreu quando eu tinha apenas 50 anos, estava entrado em uma idade muito difícil, ainda mais para ficar viúvo. A falta de sexo me faz muito mal. Mas o principal problema é ficar sozinho. Os dias demoram muito para passar, a semana até a festa durou quase um mês, sem muito o que fazer ficava me intrigando sobre o que teria de bom na festa.
Pedi para Genalva me arrumar para a festa, não consigo mais me vesti sozinho, ela colocou meu terno antigo, que eu usa para ir as festas de gala que minha esposa sempre fez questão de ir. Peguei um táxi para a casa de Manoel, meu melhor amigo, ele disse que o lugar da festa era surpresa, que era para eu me arrumar com a melhor roupa e ir para lá. Cheguei por volta das 8 horas da noite, um pouco tarde, ou nos dias de hoje, cedo para uma festa. Todos já estavam me esperando, e pareciam esconder uma grande surpresa. Sinceramente eu esperava que fosse uma stripper, afinal, não haveria presente melhor.
Manoel então entrou na sala e disse: Até que enfim, já podemos então começar com a feeeesta!!
Fiquei super empolgado, vieram do nada várias bandejas com sanduíches de peito de peru, meu preferido, e kibe, que eu também adoro, apesar de não poder comer em excesso. Estava achando tudo bom até que Manoel anunciou que as surpresas iriam começar. “- Vamos colocar o filme e começar”. Estranhei, mas esperei. Quando vejo, eles compraram Alexandre, O Grande, e acharam que aquilo era algo que ia me agradar. Dormi um pouco durante o filme, além de ser muito grande, era muito chato. Quando finalmente acabou Manoel empolgado disse: “- Agora a melhor parte. Quantas cartelas você quer?” ele me perguntou. Olhei e não acreditei, eles iam jogar bingo... B-I-N-G-O!!!!!Não tive a menor dúvida, liguei para Genalva e disse: “Genalva, vem me buscar que eu estou odiando”.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Propaganda enganosa hein

Trabalho que fiz para legislação, eu gostei


Cheguei cansado do trabalho e com um problema enorme na cabeça, tinha terminado um namoro, de quase dois anos por um motivo banal, não conseguia pensar em nada, queria apenas deitar e dormir, esquecer de tudo. Quando olhei embaixo da porta, estava a revista Caras, que sempre conta algo de novo e de útil. A capa tinha a seguinte manchete: “Juliana Paes, Fernanda Lima e Claudia Leite descobrem como um homem pode ficar 3 vezes mais atraente”

Comecei a procurar que nem um louco que motivo era esse, como ficar 3 vezes mais atraente. Não era uma, nem duas vezes, eram três, ou seja, era bom demais pra ser verdade. Procurei sem parar e nada de achar na revista essa matéria, já estava ficando puto da vida quando fechei a revista e vi logo embaixo a resposta.

Larguei as coisas em casa e fui direto a uma drogaria para comprar o produto, afinal, deixar a pessoa até 3 vezes mais atraente, poderia resolver meu problema imediatamente, e não só hoje, mas para sempre. Se Juliana Paes, Fernanda Lima e Claudia Leite aprovam é porque as outras mulheres devem aprovar com certeza. Não consegui achar na primeira, na segunda, muito menos na terceira loja, rodei o Flamengo inteiro atrás do produto e nada. Só encontrei em Botafogo, depois de caminhar muito e pagar bem mais caro já que era uma drogaria de shopping. Mas pelo menos estava feliz, já tinha a solução de meus problemas em mãos.

E minha felicidade foi embora na mesma velocidade que chegou. Saindo do shopping dois pivetes encostaram atrás de mim com um canivete e falaram baixo: “Cala a boca e não reage, entrega tudo, se não vai sangrar rapidinho!” Fiquei sem carteira, sem celular e sem o produto que resolveria minha vida privada para sempre.

Desolado e muito revoltado, não sei se por ter perdido documentos e celular ou por não ter o objeto tão revolucionário nas mãos voltei para casa a pé. Quando cheguei em casa minha mãe havia chegado do seu trabalho também. É verdade, ainda moro com minha mãe, e agora mais do que nunca minha auto-estima é zero. Mas como é final de mês minha mãe costuma aproveitar e fazer compras em promoção, e me trouxe o objeto de meu desejo sem eu ter lhe pedido. Fiquei feliz novamente, corri para o banheiro para utilizá-lo.

Renovado após achar que tinha virado outra pessoa, fui para a night verificar os resultados que ele me traria. Coloquei minha melhor roupa, um perfume com um cheiro doce e gostoso e me senti um deus saindo de casa, praticamente um novo homem, renovado.

Cheguei em todas as garotas maravilhosas que sempre me negaram atenção crente que ia faturar facilmente, olhei para elas com um olhar de : “vai ter que rebolar” elas olharam, riram e foram embora. Todas fizeram isso, tentei mais de dez vezes e nada dava certo. Resolvi partir para as mais ou menos, e nem elas me davam bola. O que raios estava acontecendo, o GILLETE PRESTOBARBA 3, prometia que eu ia ficar 3 vezes mais atraente, será que nem 3 vezes mais atraente eu era bonito o bastante?

Cheguei em casa mais desolado do que nunca, estava ao mesmo tempo querendo nunca mais sair de casa e revoltado com a mentira que estava estampado na primeira capa da Caras. Resolvi pegar a revista e ver se tinha deixado escapar algum detalhe. A capa era aquela mesma, com a manchete bem destacada, em cima ainda tinha uma foto de um cara com as três “gostosonas”. Com a legenda: “Misterioso sedutor é flagrado com as três celebridades”.

Não estava entendendo nada, a logomarca da revista estava estampada, a matéria tinha o perfil da revista. Quando olhei com mais atenção vi escrito: ‘Sobrecapa publicitária’. Fiquei furioso, aquilo era uma propaganda. Queria ligar e falar com a editora responsável sobre aquele absurdo, mas eles não tinham o atendimento para aquela hora. Estava praticamente soltando espuma pela boca, até que me acalmei e vi, mesmo sendo só uma propaganda, ela falava que eu iria ficar 3 vezes mais sedutor, dava o número exatos de vezes, se isso é possível. Não era só a revista que errou comigo, a propaganda foi mentirosa, ou seja, FALSA.

Resolvi então escrever esta carta para pedir ajuda para que eu tenha a causa favorecida em meu nome, já que me sinto lesado por tamanha falta de responsabilidades dos responsáveis por essa publicação. E peço a você que me ajude a ganhar e tirar o meu dez, para que minha auto estima volte ao normal.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pesadelos antes de dormir

No final do dia o que mais desejo às vezes é apenas deitar em minha cama para descansar e dormir. Porém não é sempre que as coisas acontecem do jeito que queremos. Deitado, olhando pro teto, milhares de coisas passam pela nossa cabeça, até o que normalmente no dia-a-dia não pensamos.
Naquela escuridão começo a pensar se mereço o que tenho. O que eu fiz de bom durante toda a minha vida para estar onde estou hoje. Não consigo me achar melhor que ninguém, na verdade acho que sou o pior de todos, não presto para nada. Nesse pensamento surge outra idéia, a de que minha vida é inútil. Não tenho mais vontade de continuar a viver, não sou bom para nada do que gostaria de ser, não tenho qualificações que me destacam e pior ainda não busco por elas.
Depois de me achar um lixo e de perceber que as pessoas merecem alguém melhor do que eu, vem a vontade de sumir, de não existir, e se tiver coragem quem sabe, morrer.
Começa a louca aventura de imaginar minha vida sem mim, que por sinal é um filme, como as pessoas viveriam sem a minha ingrata presença, sem ter que conviver com a estupidez, burrice, e tantas outras coisas que me fazem ser desprezível.
Mas também me dou o direito de imaginar se elas sentiriam minha falta, se por algum motivo eles teriam alguma coisa para lembrar de mim. Tenho alguma qualidade para isso? Fiz algo de bom durante esses anos para que eu seja fundamental?Nessa noite pelo menos não, a maior vontade é sumir. A falta de coragem não é a única coisa que me impede de fazer algo, afinal isso tudo não basta de uma grande bobeira e ilusão de uma noite de insônia e de dores de cabeça.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Com o passar das décadas a população urbana do Estado do Rio de Janeiro cresceu, e com isso precisou se expandir para novas áreas. A cada ano novas favelas surgem no espaço onde antes estava uma floresta, e hoje já aparecem casas construídas irregularmente. Como exemplo deste crescimento, a cidade do Rio de Janeiro no último censo, em 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a cidade carioca teve a criação de 119 favelas desde o ano de 1991, até 2000, ano do censo. São cerca de 513 favelas no Município e 811 em todo o Estado, deixando o Rio no segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo, que só na capital tem cerca de 612 favelas .

Para que o IBGE considere um aglomerado subnormal – favela – a comunidade precisa de alguns requisitos, como ter no mínimo 51 casas. Além da maioria delas não poder possuir título de propriedade, ou uma documentação obtida após 1980. É ainda necessário que tenha um das características: urbanização fora dos padrões (vias de circulação estreitas e de alinhamento irregular, além de construções não regularizadas por órgãos públicos); e precariedade de serviços públicos (a maioria das casas não conta com redes oficiais de esgoto e de abastecimento de água e não é atendida por iluminação domiciliar). É um crescimento alarmante, não apenas pelas condições de moradias nessas áreas, mas também porque avança em direção a áreas protegidas.

A origem das favelas cariocas começou em 1887 quando os soldados que voltaram da guerra de Canudos receberam permissão para instalarem-se temporariamente nestes locais, os primeiros lugares ocupados foram os morros de Santo Antônio e da Providência. O nome de favela veio como referência a uma vegetação abundante no sertão nordestino. A partir daí o crescimento das favelas foi instantâneo, ainda mais por não ter uma boa política do Estado para resolver os problemas de moradia da parte menos favorecida da população urbana. As áreas ainda tiveram um crescimento com a emigração dos habitantes da zona rural para a cidade, por ficarem perto da área de trabalho e por estar livre.

Será que o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, é a solução ? Talvez passe de mais um programa de assistencialismo, mas é semper assim, tudo por 1 real né....

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Justiça a todo limite

Capitão nascimento, discussões em sala de aula, tortura de candidatos a soldados, crueldade do BOPE, e estudantes fumando e vendendo maconha. Isso tudo faz parte do filme “Tropa de Elite”. Um filme normalmente é algo imaginário, mas tem sempre os ‘baseados em fatos reais’. E cada vez mais, fica comprovado que é a pura verdade.

Hoje, segundo um estudo "O estado da juventude: drogas, prisões e acidentes", divulgado na última terça-feira, dia 23 de outubro, da Fundação Getúlio Vargas, quem declara que consome droga no Brasil é um jovem homem solteiro da classe A. De acordo com o levantamento, 86% dos consumidores de droga têm entre 10 e 29 anos contra 39% do conjunto da população. Além disso, 99% são do sexo masculino contra 49,82% da população em geral. E 62% (5,8% no geral) são da classe A. Em média, eles gastam com drogas por mês R$45.

A percepção de impunidade faz com que os usuários mais ricos tenham menos medo de se expor que os mais pobres e que moram em áreas de risco. Hoje alguns jovens se consideram ‘super-homens’ e desafiam tudo e a todos, como a lei do homem e a lei da física, o que leva há muitos acidentes. A pesquisa reforça a importância de se ter os homens jovens como os principais alvos de campanhas educativas de trânsito. Com base em informações do Datasus, do Ministério da Saúde, o estudo mostra que hoje morrem quatro vezes mais homens que mulheres em acidentes de trânsito. As estimativas apontam que o aumento de 1% da proporção de homens entre 15 e 29 anos é responsável por aproximadamente mais 0,30 mortes de trânsito por 100 mil habitantes.

E não é só a aventura de ser jovem que é notícia ultimamente. As declarações, verdadeiras e honestas, do secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e a ação da policia na favela da Coréa, mostram ao mesmo tempo a hipocrisia da sociedade e a rela situação em que a cidade está.

“Um tiro em Copacabana é uma coisa. Um tiro na Coréia é outra”. E isso é a mais pura verdade em vários sentidos, tanto na colocação que ele tentou fazer da existência de prédios residências no entorno das favelas da zona sul, como no impacto que um tiroteio tem na zona sul. As madames e os empresários não gastam uma fortuna para ver tiro em sua esquina, tiro entrando por sua janela e tão pouco acha que isso esteja perto. Idéia estúpida, porém verdadeira. A sociedade nesse momento deseja mais que nunca justiça contra os traficantes.

E isso ficou provado ainda envolvendo a favela da Coréa, em Senador Câmara. As imagens de policias atirando de um helicóptero em bandidos que tentavam fugir do cerco policia foi aceita pela maior parte da sociedade como uma medida certa e benéfica, que era necessário o uso de armas de fogo para a captura. Quer dizer, quem liga para a captura, como ficou conhecido no país, “Bandido bom, é bandido morto”.

Vivemos hoje em um país que tudo nos revolta, e por isso temos a vontade de ser radicais e resolver tudo da maneira mais rápida possível. Tropa de Elite pode ser um filme que está na moda e aflora o lado mais negro, e “justiceiro” que existe em cada um de nós. Hoje todo brincam com falas e cenas do filme de José Padilha, ou vai dizer que você não concorda Sr. 06.

sábado, 20 de outubro de 2007

Mania Feia

O Rio de Janeiro é conhecido mundialmente, por sua beleza natural, a beleza das mulheres, o bom humor dos seus habitantes e outros motivos, a maioria são de boas coisas. Porém, também existe a má fama que persegue o carioca, ser malando é uma delas, mas a que mais incomoda é a de uma cidade com ruas e calçadas sujas.

Quando chove os problemas costumam a aparecer. O que deveria servir para escoar a água da chuva serve na verdade para tapar o caminho natural dela. E isso devido ao que? Ao lixo jogado na rua, naquele momento que você não teve paciência de esperar a próxima lixeira, ou achou que alguém iria pegar depois. Ruas alagadas e um trânsito caótico, o lixo jogado na rua é uma das causas.

Não é necessário ser nenhum especialista para perceber que nas ruas há diversos tipos de lixo jogados. Como papel, latas, plástico, folhas que caem das árvores e as fezes de cachorros. O jornaleiro, Antônio Carlos, reclama que em frente a sua banca existe uma lata de lixo, mas encontra vários papéis jogados no chão e fezes de cachorro, que ele acaba tendo que limpar, para não prejudicar os negócios. “Eu tenho dentro da banca uma pá e uma vassoura, por que se eu deixar todo o lixo aqui na frente os clientes não entram”.

A Comlurb, Companhia Municipal de Limpeza Urbana, tenta fazer a sua parte como órgão público, mas nem sempre é possível fazer o melhor, e não é por falta de vontade, e sim de recursos. Foi organizada e criada em 1975, por Gastão Sengés e sua equipe, e funciona até hoje. O orçamento do ano de 2006 foi de R$553.974.337. Este valor representa um gasto anual de quase R$100,00 por pessoa – isto indiferente da idade, refere-se a cada cidadão desde que nasce.

Apesar de todo este gasto, a cidade conserva uma permanente imagem de sujeira, devido a grande quantidade de lixo deixado nas ruas, pela população. E a remoção deste lixo é um dos mais caros no setor de limpeza pública. Consome cerca de R$183,93 por toneladas, quase o triplo do gasto com a coleta domiciliar. Existe espalhado pelo município do Rio de Janeiro cerca de 110 mil latas de lixo, onde cada uma suporta cerca de 50 litros. Nelas é depositado todo lixo urbano público, cerca de 116 mil e 700 toneladas por mês, o que da uma média de 3 mil 890 toneladas por dia retirado dos espaços públicos e das lixeiras do município.

As lixeiras do município são colocadas em pontos estratégicos, justamente para ‘achar’ o pedestre. Porém não é sempre que está no segundo que procuramos. Os locais que contam com um maior número de circulação de pedestre é a Central do Brasil e a Praça XV, por isso contam com um número maior de coletores. Em outros pontos da cidade as latas são postas estrategicamente de 50 a 50 metros. Caso essa distância não seja respeitada, é justamente por falta de espaço físico disponível, que fosse realmente ajudar. Por exemplo, calçada estreita, ou um poste mal conservado, ou mal posicionado.

O caminho que o lixo segue não é só responsabilidade da Comlurb, afinal sofremos com o nosso lixo sempre que uma chuva cai com mais força. Os bueiros entopem e alagam as ruas, dando muitos prejuízos para diversas pessoas, essas mesmas pessoas que jogaram o lixo na rua, ou que sofrem pelos outros. Exemplos não faltam, quando pisamos em fezes de animais de outras pessoas ou dos nossos mesmos. A mania que o carioca tem de deixar esses lixos na rua é cultural e educacional. É necessária uma conscientização da população para que possamos ter uma cidade ainda mais bela.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Por que as crianças gostam de Valtidisnei

Piaui 13, como sempre muito boa.



Eu tinha 7 anos e usava calças curtas de botão. Um dia fui com meus pais e meus irmãozinhos ver Pinocchio, de Valtidisnei; a gente não perdia filme de Valtidisnei. O cinema estava muito cheio, tivemos de sentar separados. Estava indo muito bem quando veio a cena da baleia que come Pinocchio. Saiu uma desordem danada e eu gritei, chorei e saí correndo, mas não achei mamãe, estava muito escuro. A cena da baleia dava cada vez mais medo, então resolvi sair do cinema para não sofrer mais. Me perdi dos meus pais desse jeito, ou eles se perderam de mim. Não sabia o endereço de casa, só sabia a cor e o jeito dela, e que havia um baleiro na esquina. Não sabia também meu nome inteiro, era muito comprido e não conseguia decorar. Não tinha documentos, não tinha emprego fixo, a polícia foi obrigada a me pôr num reformatório de órfãos e filhos perdidos.

No primeiro ano, aprendi as coisas da vida, jogar pôquer, aprendi palavras novas. O passadio não era muito bom, mas a companhia era. Comecei a usar calças compridas de suspensório. A única esperança de rever minha família era um outro filme de Valtidisnei, que meus irmãozinhos apreciavam tanto.

Certa vez, vi no jornal que ia passar A Vitória pela Força Aérea, de Valtidisnei, no cine Art-Palácio. No dia da estréia, ganhei no pôquer, fugi do reformatório e entrei no cinema às 2 horas da tarde. Fiquei no cinema durante as duas semanas em que o filme passou, dormia no banheiro, no entanto minha família não apareceu (depois soube que meus pais não foram porque achavam que um filme de guerra não é bom para crianças. E meu pai trabalhava na Marinha).

Tive de voltar ao reformatório. Já era um veterano, e como prêmio pelo meu mau comportamento ganhei o direito a talher para comer, travesseiro, cigarros, bebidas espirituais e fui convidado pra freqüentar a sala do diretor uma vez por semana. O diretor sempre tinha gostosas guloseimas para dar aos meninos bonzinhos da vida. Coitado, o diretor era muito solitário porque sua mulher tinha fugido com Rubão, o carcereiro-chefe.

Já tinha dois anos de reformatório e não podia me queixar da vida. Daí anunciaram Bambi, “um poema de ternura e compreensão animal”. Ganhei no pôquer, fugi de novo e fui correndo ao cinema. Me lembro até hoje. Na sessão das 4, na cena em que o esquilo diz que podem chamá-lo de flor, reencontrei de novo meus pais e meus irmãozinhos. Foi uma festa. Eles já haviam sentido a minha falta e também esperavam um filme de Valtidisnei. Estavam cheios de presentes para mim. Só papai, que era muito distraído, ficou sério e me passou um sabão porque eu não tinha feito a barba e estava com o pescoço meio sujo.

Voltei enfim para o lar. Hoje já estou maiorzinho e progredi muito na vida. Sou chefe de uma quadrilha do bairro e estou nervoso porque esta tarde vamos assaltar minha casa. Meus pais e meus irmãozinhos foram ver a vesperal de Cinderela. Eu não quis ir, mas ainda gosto de Valtidisne

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Um dia de azar


Acordei cedo para correr pela praia, é preciso me exercitar, afinal já não sou mais nenhum garotão e minhas refeições também não são as mais regulares, preciso me manter em forma de algum jeito e claro, cuidar da minha saúde. Tomei um banho rápido e parti para o “News”

Cheguei para trabalhar normalmente como todos os dias no jornal da cidade e quando sento em minha mesa, vejo um aviso para comparecer a sala do editor chefe com urgência. Pensei por um momento que tivesse acontecido alguma tragédia e que estavam precisando de toda a equipe. Mas quando vejo o ‘aquario’, o editor está sozinho, andando de um lado para o outro. E bufando muito. Fiquei até com medo de abrir a porta e dar bom dia, mas fazer o que, era preciso. Entrei devagar, com muita calma. Em vão, só ouvi gritos de, incompetente, burro, moleque, entre outras coisas até mais pesada. Aparentemente a minha matéria sobre a palhaçada que é o senado não conquistou muitos fãs. Fui despedido ali, na hora, sem direito a me defender.

Não restava mais nada a não ser ir para casa e contar isso para minha noiva, afinal, estávamos tentando arrumar uma data para o casamento e era melhor ser cedo, a barriga já ia começar a aparecer. Fui adentrando no meu lar devagar, para não acorda-la, afinal tadinha, ficava as noites todas sem dormir com enjôos. E para o meu desgosto o dia piorou. Quando abri a porta encontrei minha noiva de quatro, aos gritos e um negão batendo em suas nádegas. Fiquei ali parado, sem saber o que fazer pelo menos um minuto sem reação e sem que eles parecem o que estavam fazendo e me notassem. Só depois que bati a porta do quarto e segui em direção a saída vi que a minha ex-futura noiva vinha andando para ver o que era.


Sem direcionar uma palavra se quer a ela, peguei o elevador, fechei a porta e fui me embora para nunca mais voltar ali, a não ser para pegar as minhas coisas mais pessoais. Não sabia para onde ir, minha cabeça estava a mil por hora, era tanta raiva, injustiça e tantas emoções juntas que o melhor a fazer era afundar as magoas em um bar. Bebi todas, já estava super bêbado quando vi que o bar estava fechando.

Tinha que ir para algum lugar, e nada melhor do que a casa da nossa mãe. Só queria enfim chegar em casa e tentar esquecer tudo, ou tentar pelo menos colocar as idéias em ordem. Não conseguia acreditar que tudo o que tinha para dar errado comigo, deu. E tudo no mesmo dia, parecia tudo combinado. Cheguei na casa em que cresci e como tenho a chave não me preocupei em bater, afinal, já era bem tarde e as luzes estavam apagadas. Não encontrei minha mãe, então resolvi ir pro meu antigo quarto.

Acordei no meio da noite ouvindo uns barulhos estranhos, levantei e cheguei perto da porta do quarto de minha mãe, colei o ouvido na porta e do silencio se fez algo inacreditável. Os arpejos de mamãe me levaram ao suicídio imediato, não podia mais viver, e não tinha motivos. Sem trabalho, sem noiva, e com mamãe fazendo aquilo. Era o fim, pulei da ponte Rio-Niteroi exatamente às 06 da manhã, em um por do sol lindo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Criatividade


Visite o site

Capa Engraçadíssima



Além de ver o Botafogo perder daquele jeito, a capa do Olé foi muito boa.
O "melhor" time do país não ganhou nada

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Capitão Nascimento


Tava no oglobo.com.br e vi a coluna do Anselmo
Muito F.....

Fatos ligados ao Capitão Nascimento:

1. Deus disse que iria fazer o mundo em 7 dias Capitão Nascimento disse bem alto: "Faça em 6, sr. 01!"

2. Capitão Nascimento dorme com a luz acesa, não porque ele tem medo do escuro, mas o escuro tem medo dele!

3. Capitão Nascimento joga roleta russa com uma arma inteiramente carregada, e ganha.

4. A farda do Capitão Nascimento é preta porque nenhuma outra cor quis ficar perto dele.

5. Capitão Nascimento dorme com um travesseiro debaixo da arma.

6. Principais causas de morte no Brasil:

1º Ataque do coração

2º Capitão Nascimento

3º Câncer

7. A opção 1 é a maior porque a maioria dos bandidos morrem do coração quando vêem o Capitão Nascimento.

8. O Capeta queria entrar no Bope, mas o Capitão Nascimento o fez desistir apenas dizendo: "666, Você é o novo xerife!"

9. Capitão Nascimento é a razão de Bin Laden ainda estar se escondendo.

10. Capitão Nascimento não sai de lugar nenhum devendo ninguém, sempre põe na conta do Papa.

11. Capitão Nascimento não tem medo da morte, a morte tem medo dele.

12. Quando Deus disse "Que se faça a luz!". Capitão Nascimento falou "Tá de sacanagem, Sr. 01? Tá com medinho do escuro, Sr. 01?"

13. Getúlio Vargas não cometeu suicídio, ele só pediu pro Capitão Nascimento: "Na cara não, pra não estragar o velório."

14. Quando Deus resolveu criar o Universo foi pedir permissão ao Capitão Nascimento e ele respondeu: "Senta o dedo nessa porra!"

15. A roupa do Super-Homem era preta até o Capitão Nascimento dizer: "Tira essa roupa preta porque você é moleque!"

16. Capitão Nascimento trabalhou como negociador da polícia. Seu trabalho era ligar para os seqüestradores e dizer: "Pede pra sair!"

17. Quantos Capitão Nascimento são necessários para trocar uma lâmpada? Nenhum, Capitão Nascimento também mata no escuro.

4

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Que Viva a Foca


“Sei que o que eu vou falar pode me comprometer, inclusive com o STJD. Posso ser até punido. Mas se eu estivesse no lugar do Coelho eu "arregaçaria" o Kerlon. Aquilo desrespeita os jogadores que estão do outro lado que também são profissionais”. Essa declaração foi do “maravilhoso” zagueiro do Fluminense Luiz Alberto, um jogador de “talento nato, e de muita categoria”.
Ao ler essa declaração não sei nem que sentimento me vem ao peito, se é de raiva, ou de vergonha. Que sujeito, com suas funções mentais plenas, tem a capacidade de falar tamanha imbecilidade? E o pior de tudo, não parou por ai. “Eu teria que tirar a bola de alguma forma. Ele não passaria por mim. Nem que eu tivesse que dar golpes de capoeira e pegar bola, cabeça e tudo “.
O engraçado é que segundo o site, globoesporte.com, antes dessa maravilhosa declaração, o jogador disse ser contra violência, e apoiou o rigor do STJD aos agressores.
“Não me preocupo com a utilização das imagens dos jogos, até porque não costumo fazer jogadas violentas. Tem que ser rigoroso mesmo, o torcedor que vai ao estádio com a família não quer violência. Temos que ter consciência de que somos espelho para muita gente”.
Bom, se ”pegar bola, cabeça e tudo” não é violência, eu não mais o que é então. É um absurdo que as pessoas achem que o lance em direção ao gol é ‘firula’. Passar a bola por debaixo das pernas então não pode, pedalar que nem o Robinho pra cima do gol, não pode, é tudo feito, os outros jogadores vão ficar ofendidinhos. O negócio é dar bicão e arrancar as cabeças.
É revoltante que os “cabeças-de-bagre” tenham essas atitudes, essas que ameaçam a beleza do espetáculo e que por muitas vezes quebram as pernas dos outros jogadores e só recebem um cartão amarelo. Quantos casos nesse ano já tiveram de jogadores com fraturas? O futebol está perdendo sua magia para os brucutus que não tem qualidade e ficam no futebol brasileiro. Kerlon está mais do que certo em tentar um lance diferente. Queria ver se fosse o Kaká, Robinho ou o Ronaldinho Gaúcho fazendo isso. Sem querer comparar a qualidade deles, mas todos têm o direito de fazer algo diferente para tentar o gol. Garrincha era o rei do drible, Pelé o gênio da bola, imagina se tivesse um zagueiro “retardado” e o quebrasse no meio.
Espero que o que sobreviva seja o futebol arte, não o futebol de resultados e de apenas bicos pra frente.

domingo, 16 de setembro de 2007

Faro Jornalistico

A História de Chapeuzinho Vermelho na Imprensa
*JORNAL NACIONAL*
(William Bonner): "Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...".
(Fátima Bernardes): "... Mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia".
*FANTÁSTICO*
(Glória Maria): "... Que gracinha, gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?"
*CIDADE ALERTA*:
(Datena) "... Onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades?
Cadê as autoridades? ! A menina ia para a casa da avozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Põe na tela !! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não."
*REVISTA VEJA*
"Lula sabia das intenções do lobo".
*REVISTA CLÁUDIA*
"Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho".
*REVISTA NOVA*
"Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama".
*REVISTA MARIE-CLAIRE*
"Na cama com o lobo e a vovó".
*FOLHA DE S. PAULO*
Legenda da foto: "Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador".
Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.
*O ESTADO DE S. PAULO*
"Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT."
*ZERO HORA*
"Avó de Chapeuzinho nasceu no RS".
*AQUI*
"Sangue e tragédia na casa da vovó".
*REVISTA CARAS *(Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte)
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa".
*PLAYBOY* (Ensaio fotográfico no mês seguinte)
"Veja o que só o lobo viu".
*REVISTA ISTO É*
"Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente."
*G MAGAZINE* (Ensaio fotográfico com lenhador)
"Lenhador mostra o machado"

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ótima Capa......

...... Notícia de Merda. Já tá virando costumeE cade a do O Globo?
Extra é do Grupo Globo, mas não é O Globo.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Homenagem Estranha

Durante quase uma década ele foi figurinha em todos os noticiários locais e nacionais, participou até de programa de perguntas e respostas, onde por sinal teve a proeza de esquecer, ou na verdade nunca soube, da formula da água – caso ele esteja lendo e tenha esquecido de novo é H²O. Vivia na mídia sempre falando besteira e asneiras sem tamanho e sem significado aparente. Foi prefeito no interior de uma grande capital do Brasil, onde mandava e desmandava, até por alguma obra desconhecida, chegar a capital e se transformar em governador. Não satisfeito ainda conseguiu colocar um fantoche em seu lugar, sua mulher também tirou umas ‘férias’ bem remuneradas, por sinal. Para que tivesse a chance de tentar vôos maiores, mesmo que suas ‘asas’ não agüentassem. Foi derrotado.
Acabou esquecido por um bom e grato tempo, mas infelizmente resolveu fazer greve de fome, posto que não aparecia mais vinculado na mídia e precisava de algo para elevar seu ego, voltando à mídia. Ainda tem seu público alvo na sua rádio, mas não é a mesma coisa do que mandar em um estado. Caído em desgraças, teve essa semana, porém uma notícia extraordinária e inimaginável para qualquer ser são, o que gerou muito cochicho nos corredores oficiais. O convite para virar estátua no Madame Tussauds lhe chegou em boa hora, estava de volta na mídia e seria figura em um dos maiores museus do mundo, sua imagem de cera ficaria marcada para futuras gerações, e pobres delas.
Foi aberta uma investigação minuciosa, quase uma CPI da vida, só não foi chamada com tal nome, pois teria um final e não acabaria em pizza. Era de se estranhar tal homenagem, afinal de contas, quem nesse mundo resolveria fazer algo para lembrar a passagem dessa pessoa pela Terra.
Depois de alguns meses de intensos debates e discussões, fizeram o que deveria ter sido feito há muito tempo atrás, logo do início da confusão. Ligaram para a administração do museu, com sede em Londres e perguntaram por qual motivo eles estariam a fim de homenagear o “little boy”.
Com um sotaque britânico majestoso do outro lado linha veio uma voz que disse:
- Garotinho ser o melhor do mundo em seu trabalho.
Todos ficaram maluco. Como assim, melhor do mundo?
- Oras, Brasil ser país do melhor futebol, tem que ter o melhor locutor, “Little Boy”, Garotinho. José Carlos Araújo.
E todos gritaram aliviados:
Sou Euuuuuuuuuuuuuuuuuuu






Mais um texto motivado pela melhor revista do país. Piauí.

Gostou? Me conta que eu escrevo mais.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Um vício que causa doenças

O tabaco é a fonte primária para o cigarro, logo é também para o fumo, o vício e logo a morte. Porém essa história começou há muito tempo atrás. Povos indígenas da América acreditavam que o tabaco tinha poderes medicinais e usavam-no em cerimônias. Ele foi trazido para a Europa pelos espanhóis, no início do século XVI. Era mascado, ou então, aspirado sob a forma de rapé (depois de secar as suas folhas). Um médico francês, Jean Nicot (de onde deriva o nome da nicotina) usava-o como medicamento, para curar as enxaquecas da rainha Catarina de Médicis. Em 1585 o tabaco chegou a Inglaterra “graça” ao corsário Sir Francis Drake, e foi Sir Walter que começou o vício de se fumar a erva, ainda como cachimbo.
A preocupação com a saúde só começou a surgir no século XVII, verificando os males provocados à saúde. Várias nações fizeram campanha contra o tabaco antes, mas o que realmente interessa é o valor do impostos que esse produto trás. No Brasil a vinculação de propaganda do cigarro na mídia é proibida, mas isso feito apenas anos depois de imagem e marca terem sido vendidas com sucesso. Jovens hoje fumam não por verem propagandas, mas por seguir fumantes mais antigos, pelo “barato” que é fumar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 16% da população brasileira é fumante. A OMS também estima que em países desenvolvidos, 26% das mortes masculinas e 9% das mortes femininas podem ser atribuídas ao tabagismo. Desta forma, o tabagismo é uma importante causa de morte prematura em todo o mundo. De acordo com a Organização Pan-americana da Saúde, o tabagismo é o responsável por cerca de 30% das mortes por cancro (câncer no Brasil), 90% das mortes por cancro de pulmão, 25% das mortes coronarianas, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por derrame cerebral.
Ainda de acordo com a organização, não existem níveis seguros de consumo do tabaco. O método de avaliação de Fagerström é, hoje, utilizado por especialistas, para ajudar a definir a melhor estratégia para quem quer largar o cigarro. Este questionário é utilizado por médicos a fim de determinar se uma pessoa está seriamente viciada na nicotina.Esse ano o Governo brasileiro lançou a campanha para ajudar no seu combate, o dia 29 de agosto, é a partir deste ano o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Vício que se transforma em doença aos poucos, sem o usuário perceber. Fumar, todos sabem, faz mal a saúde, mas muitos não ligam, afinal, vão morrer de qualquer jeito mesmo, como alguns dizem. Quero ver na hora que realmente estiver perto de uma doença fatal se pensarão assim. O fumo é uma droga, assim como bebidas alcoólicas, maconha, entre outros. Consume quem quer, e sabe os efeitos que o traz.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O que acontece com os juízes no Brasileirão?


Quem nunca ouviu a famosa frase: “Errar é humano, persistir no erro, é burrice”. Pois bem, é isso que parece que nossos ‘treinadíssimos’ árbitros tem feito ultimamente, na verdade, sempre o fizeram. É muito fácil numerar pelo menos os piores erros no Brasil, e mais fácil ainda Mundial.

O brasileiro não lembra dos erros que lhe favoreceram, só os que o prejudicam. Ou vai dizer que alguém fala com revolta do lance da Copa de 2002? Onde Luizão foi derrubado alguns metros fora da área e o juiz deu dentro. Ainda expulsou o jogador turco e o Brasil conseguiu sua vitória na estréia por 2 a 1. Ainda falando de Brasil na Copa e da memória curta do brasileiro, nosso segundo título mundial(1962) foi graças a um passo a frente do fabuloso Nilton Santos contra a Espanha. A falta dentro da área, marcada fora, graças a esse pequeno passo. É claro que quem reclama do erro da arbitragem são aqueles que são prejudicados, isso é obvio.

Pra não falar só dos erros a favor do Brasil, cito pelo menos um que no prejudicou. Na partida entre Brasil e Suécia pelas oitavas de final da Copa de 78, o árbitro Clive Thomas quase matou os brasileiros de raiva, ao anulou um gol de cabeça de Zico no último minuto de jogo, após a cobrança de um escanteio, ele apitou o fim da partida antes da bola descer.

Claro que existiram outros milhões de erros famosos contra outras seleções e lances curiosos. Uma das falhas de arbitragem mais ridículas da história das Copas aconteceu em uma partida entre França e Kuwait, no mundial de 82. Os franceses venciam tranqüilamente quando marcaram o quarto gol, que foi anulado pelo juiz soviético Miroslav Stupar. Após um sheik árabe invadir o campo e falar algumas palavras para o árbitro ele voltou atrás. Outros erros famosos envolvem a Argentina. Um na Copa de 86 conhecido como “a mão de Deus”, gol marcado contra a Inglaterra nas quartas de final. Na final da Copa de 90 um que prejudicou os “Hermanos”. Além do penalty duvidoso marcado a favor dos Alemães, vencedores daquele ano. O juiz deixou de marcar dois penaltys a favor dos hermanos. Isso só prova que errar é humano.

Não falo sobra times por que envolve paixão e muitos “chorões”. É muito difícil provar que existe algo específico contra algum time, ou contra algum grupo. Os árbitros erram por que são ruins, estão mal preparados e não tem recursos, que já poderiam ter parar utilizar no jogo. O único caso comprovado foi do infeliz Edílson Pereira de Carvalho envolvido em esquema de manipulação de resultados de partidas do Campeonato Brasileiro em 2005. Eles erram e ponto. Como todos nós erramos alguma hora do dia. Só que não temos cem câmeras em volta de nós para acusar.

É preciso apenas profissionalizar a arbitragem e fazer investimentos no jogo para melhorar as marcações. Simples, agora vai pedir isso pra Fifa....

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Quem é mulambada agora?

A decisão de leiloar o complexo foi tomada pelo Juiz Erik Navarro Wolkart, da 6ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro. Ela foi publicada no Diário Oficial da União, em 3 de março deste ano. O Vasco não teria recolhido a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) de 1992 a 1999. O complexo de São Januário foi avaliado em R$ 41 milhões, valor suficiente para quitar a dívida que seria de R$ 31 milhões e quinhentos mil.




Isso que dá ter Eurico por perto.

domingo, 26 de agosto de 2007

A elite esperneia

Edição da Carta Capital dessa Semana.
Enquanto a Piauí não vem


Desde a separação de Ricardo Mansur, em 2003, Patríia Rollo leva uma vida mais modesta. Trocou a espaçosa casa no Morumbi por um apartamento pequeno, ainda que bem decorado, na região dos Jardins. Os lautos tempos de primeira-dama do império Mesbla e Mappin parecem coisas do passado. Patrícia, porém, como ela mesma diz, continua a fazer parte de um “clubinho”, um universo de brasileiros que mal chegam à casa do milhão de integrantes, usualmente denominados de elites.

A exemplo de vários dos seus pares, Patrícia está cansada. E não só do presidente Lula ou do caos aéreo. Está farta de ser apontada, ao lado dos amigos, como responsável pelas mazelas históricas do País. “Os menos privilegiados fantasiam a elite como uma vida perfeita”, afirma a socialite. Antes de continuar o raciocínio, manuseia o colar de pérolas. “O povo está acomodado. Não vou falar dos baianos. Será que devo falar? Até pelo clima, pelo calor, pela falta de cultura, é inerte. Tem gente que fica com o Bolsa Família e não trabalha mais”, analisa, para em seguida enumerar seus apoios a projetos sociais. Entre eles, a doação dos lucros do livro Boas Maneiras – Nunca é tarde para aprender ao projeto Escola do Futuro, que mantém 600 alunos carentes.

A reação de Patrícia é parte de um fenômeno que tem se manifestado de forma mais constante e do qual o movimento Cansei, encabeçado pela seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, o promoter João Dória Jr., cantores e celebridades, é a face mais pública e comportada. Nos cafés de 9 reais e coiffeurs, nas mesas dos restaurantes que servem Petrus nas suas cartas de vinho e nas butiques de grife das maiores cidades percebem-se os indícios de uma rebelião dos abastados, pautados pelo noticiário renitente e monocórdio acerca da “corrupção nunca antes vista” e menos afeitos a admitir responsabilidade pelo enorme fosso social, pela captura do Estado por interesses privados e pelas limitações da cidadania que, no fim das contas, afeta a todos.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

GP Brasil

Bom, agora tenho vida agita. Estou estagiando e o tempo tem ficado curto. Principalmente no fim de semana do Grande Prêmio Brasil de Turfe.
Quem não sabe o que é Turfe, quer dizer, corrida de cavalo.

Vou deixar uma matéria que fiz aqui nesses primeiros dias



Domingo em família.

Domingo de céu azul e temperatura agradável. Para qualquer carioca, dia de ir para praia ou jogar um futebol, certo? Pelo menos nesse domingo não, 19 de Agosto era a data do mais importante prêmio do turfe brasileiro, o Grande Prêmio do Brasil.
Cercado por um grande glamour, não faltou pessoas bem vestidas e importantes. Porém não faltou o “marinheiro de primeira viagem”. Aquelas pessoas que nunca viram uma corrida de cavalos e foram atraídas ao Jockey Club Brasileiro por conta do GP Brasil.
Alguns vieram a convite de pessoas que já acompanhavam o turfe de perto há algum tempo, um exemplo disso foi o torneiro mecânico Fabio Ribeiro. Convidado pelo tio de sua mulher, Fabio veio experimentar a sensação da corrida e é claro da aposta. Trouxe consigo a família toda, que não ficava um minuto longe da pista. Tendo suas primeiras lições perto da cerca, a expectativa para a prova principal era enorme, por isso veio analisar antes alguns páreos para aprender e quem sabe fazer uma aposta bem sucedida.
Um casal de Minas Gerais também prestigiou a festa. Pedro, que é fotógrafo, e Joana, arquiteta, moram no Rio de Janeiro, mas nunca tinham vindo ao hipódromo. Leram que domingo seria realizado o GP Brasil e resolveram vir conhecer. Além do encanto pela festa, os dois pediam explicações para tentar entender um pouco mais da arte de apostar.
Não era só do lado do “povão” que existiam novatos. Nas sociais, um grupo de amigas estreava no evento. Graças a estudante Michele Abreu, suas amigas Tatiana e Débora vieram ver de perto como é um Grande Prêmio. Michele também não entendia muito de corridas, mas já tinha vindo antes com a mãe, que é professora na escola primária dentro do próprio Jockey, aos dez anos de idade, hoje voltava com 19 anos. As amigas estavam mais interessadas nas apostas do que no glamour da festa.
Enfim, o domingo foi de muita festa e aprendizado para esses novos fãs que o turfe conquistou no dia do Grande Prêmio Brasil.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Ih, to na Piauí

Depois de tanto puxar o saco da Piauí resolvi participar do "Concurso Literário".
E eles colocaram no site, que já é algo, agora o objetivo é sair na revista.
O meu conto é esse:




Caso queiram ver os outros no site é só clicar aqui

Uma Noite Inesquecível

Acordei meio atordoado, sonolento, não lembrava muito bem o que tinha se passado nas últimas horas da noite anterior. Virei para o lado e não vi nada, apenas uma janela, virei para o outro e avistei uma garota lindíssima, sentada na poltrona, nua, segurando um cigarro e falando no seu celular, extremamente empolgada e dando gargalhadas altíssimas sem parar.

Naquele exato momento era praticamente impossível compreender qualquer parte daquela conversa, afinal ela falava rápido demais e com intervalos de risos intermináveis, e eu estava parecendo mais com um bêbado no dia seguinte, porém consegui ouvi-la dizer algo parecido com: “Foi maravilhoso, pudemos passar a noite toda juntos, dormimos abraçadinhos e os pêlos do tornozelo dele grudaram na colcha de chenile, parecíamos um só, ficamos entrelaçados a noite inteira, até agora pouco.”

Não estava fazendo idéia do que ela tinha acabado de falar, mas pelo menos estava gostando, afinal, pelo que tudo indicava, eu fui muito bom e ela tinha gostado muito, o problema era que infelizmente não conseguia lembrar de nada.

Fiquei deitado imóvel por algum tempo, Depois de alguns minutos, algumas coisas começaram a fazer sentido, eu estava em casa, e aquela garota ao telefone era minha namorada, só não fazia idéia do motivo de não conseguir lembrar de nada, e pior, não conseguia lembrar de nenhum detalhe da noite maravilhosa, que minha namorada contava a alguma amiga pelo celular.

Comecei a me mexer na cama, e ela percebeu que eu estava acordando. Ela sussurrou algo como: “Amiga, tenho que desligar, o efeito do remédio do Marcos passou, depois te conto mais de ontem, e de como o Ricardo é realmente um homem com H maiúsculo, beijos.”

Pulei da cama e lhe taquei a mão na cara até sangrar. Mentira não tinha coragem. Conversamos, pedi sexo de reconciliação, transamos loucamente, gozei pelo menos umas três vezes. Terminado o prazer, peguei as roupas dela e joguei pela avenida, a empurrei pra fora do apartamento e tranquei a porta. Só a ouvi batendo na porta e uns malucos tirando sarro com ela perguntando sobre quanto cobrava. Nunca mais a vi, também nunca mais virei corno.



quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Golpe Ao Vivo

Hoje na Capa do Jornal O Globo fotos do flagra de bandidos aplicando um golpe na Barra
Os Homens vestidos de Policiais eram na verdade bandidos. O golpe foi flagrado pela equipe do jornal "Estado de São Paulo". Os policiais disfarçados simularam uma prisão por lavagem de dinheiro, pretendiam sequestrar o empresário, mas perceberam que estavam sendo observados e deixaram o empresário ali mesmo.
Nem com as cameras os bandidos tiveram qualquer tipo de inibição, eles fugiram com o carro do empresário, logo após o carro foi encontrado um quarteirão adiante, sem nada.

Parece novela, mas não. É F....