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quinta-feira, 7 de junho de 2007

Ultima Ceia

Era 1:38 de uma madrugada de maio, em Nashville, no estado do Tennessee, quando a primeira dose de sódio-tiopental correu pelas veias de Philip Workman. O resultado foi imediato: o paciente ficou letárgico, semiconsciente e pronto para a segunda invasão química a seu organismo, o brometo de pancurônio, que paralisa o diafragma e causa falência do pulmão. Em seguida, lhe foi injetado o terceiro, e letal, componente do coquetel da morte, o cloreto de potássio, que induz o ataque cardíaco. Poucos minutos depois, o homicida de 53 anos, amarrado à cama da sala de execuções da Penitenciária de Segurança Máxima Riverbend, estava morto.

Tudo foi feito de acordo com o rigoroso Manual de Execuções da instituição — tudo menos o pedido feito horas antes por Workman. Como última refeição, à qual todo condenado tem direito, ele pedira uma pizza. Mas com delivery, e não para ele: ela deveria ser entregue ao primeiro mendigo das redondezas da penitenciária. Há vinte e cinco anos, o próprio Workman mendigava, nas ruas de Memphis, quando matou um policial, durante assalto a uma lanchonete.

Pedido feito, pedido negado, e a execução de Workman teria permanecido confinada à burocracia estatística americana — foi a 17a do ano — não fosse o detalhe da pizza. Pela lei, toda execução conta com um número variado de testemunhas obrigatórias, e suas circunstâncias são de domínio público. A menos que o condenado peça sigilo sobre a sua última refeição ou derradeiras palavras, elas invariavelmente freqüentam o noticiário local do dia seguinte
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